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SOBRACIL oferece programa para formar médicos em videocirurgia

Estão abertas as inscrições para o programa Jovem Cirurgião Despertar, lançado pela SOBRACIL (Sociedade Brasileira de Videocirurgia), com o propósito de disseminar o conhecimento da técnica de videocirurgia por meio de curso presencial e a distância e conceder de bolsas de estudo de 10 a 100 por cento para cursos de pós-graduação em diferentes regiões do País. As bolsas serão dadas por instituições como a Unifeso, em Teresópolis, no Rio, para a área de ginecologia; no hospital Sírio e Libanês, em São Paulo, com vagas também em ginecologia; hospital Moinhos de Vento e Dr. William Kondor, em Curitiba, com cirurgia geral, coloproctologia e ginecologia; e Cetrex, em Brasília, com cirurgia geral e coloproctologia, entre outras instituições.

O presidente da SOBRACIL, Claudio Crispi, destaca a importância do programa: “A videocirurgia ainda não é ensinada no Brasil nas residências. Apenas é oferecida nos cursos de pós-graduação cujo custo nem sempre pode ser arcado pelos médicos recém-formados. Pretendemos favorecer os jovens cirurgiões que, muitas vezes, saem das pós-graduações frustrados por não terem tido uma formação prévia que permitisse ter um ensino mais avançado. A ação da SOBRACIL traz benefícios reais, com treinamento prático, conhecimentos básicos, para o ingresso na pós-graduação“, afirmou.

Claudio Crispi lembrou ainda que o objetivo da SOBRACIL é, também, fazer com que os jovens médicos se apropriem da videocirurgia, passem a empregá-la em suas cirurgias com o máximo de precisão e proporcionem o desenvolvimento da técnica com qualidade.

Claudio Moura, um dos coordenadores do programa, lembra que o programa tem abrangência nacional e alcança todas as especialidades – ginecologia, cirurgia geral, cirurgia torácica, urologia, coloproctologia e cirurgia pediátrica. “Essa técnica é ainda nova no Brasil, tem cerca de 22 anos e precisamos cada vez mais incorporá-la na prática médica como forma de assegurar maior precisão, menos trauma e a recuperação mais rápida dos pacientes“, observou. Ele explicou ainda que o curso que será oferecido a partir de agosto contará com recursos do e-learning para aulas e avaliações dos participantes, além de prática com uso de simuladores.

Thiers Soares, que também coordena o programa, destaca as instituições parceiras na oferta de cursos de pós-graduação, lembrando que são referência na formação de médicos na área da videocirurgia.

O programa será dividido em três fases: a primeira, via web, ocorrerá de 1 de agosto a 30 de março. A segunda, com a participação de até 240 dos inscritos, ocorrerá com o uso de simuladores, na sede do Johnson & Johnson Medical Innovation Institute, em São Paulo, de 1 de abril a 30 de agosto de 2014. A terceira e última fase será no Congresso Nacional da SOBRACIL, em setembro de 2014, em Florianópolis, composta de prova teórica e prática final.

“O curso tem o propósito de oferecer aos médicos residentes e aos formados há até dez anos noções básicas da videocirurgia, permitindo que ingressem, posteriormente, na pós-graduação com mais preparo para acompanhar as aulas e aproveitar mais a formação“, explica Claudio Moura.

Para participar, os médicos devem se associar à SOBRACIL, pagando a taxa de adesão de R$ 60 e mais as mensalidades proporcionais (de agosto a dezembro deste ano).

Para conhecer todas as etapas do programa e saber mais acesse http://www.projetojovemcirurgiao.com.br/

CARTA DAS ENTIDADES MÉDICAS AOS BRASILEIROS

A dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde configura preocupação recorrente das entidades médicas brasileiras. É inaceitável que nosso país, cujo Governo anuncia sucessivos êxitos no campo econômico, ainda seja obrigado a conviver com a falta de investimentos e com a gestão ineficiente no âmbito da rede pública. Trata-se de quadro que precisa ser combatido para acabar com a desassistência.

Neste processo, as entidades apontam como fundamentais a adoção de medidas profundas, que elevarão o status do Sistema Único de Saúde (SUS) ao de um modelo realmente eficaz, caracterizado pela justiça e a equidade. Sendo assim, assumem alto risco a adoção das medidas anunciadas, as quais não observam a cautela imprescindível ao exercício da boa medicina.

As decisões anunciadas pelo Governo demonstram a incompreensão das autoridades à expectativa real da população. O povo quer saúde com base em seu direito constitucional. Ele não quer medidas paliativas, inócuas ou de resultado duvidoso. O sonho é o do acesso a serviços estruturados (com instalações e equipamentos adequados) e munidos de equipes bem preparadas e multidisciplinares, inclusive com a presença de médicos, enfermeiros, dentistas, entre outros profissionais.

A vinda de médicos estrangeiros sem aprovação no Revalida e a abertura de mais vagas em escolas médicas sem qualidade, entre outros pontos, são medidas irresponsáveis. Apesar do apelo midiático, elas comprometerão a qualidade do atendimento nos serviços de saúde e, em última análise, expõem a parcela mais carente e vulnerável da nossa população aos riscos decorrentes do atendimento de profissionais mal formados e desqualificados.

Outro ponto questionável da medida se refere à ampliação do tempo de formação nos cursos de Medicina em dois anos. Trata-se de uma manobra, que favorece a exploração de mão de obra. Não se pode esquecer que os estudantes já realizam estágios nas últimas etapas de sua graduação e depois passam de três a cinco anos em cursos de residência médica, geralmente em unidades vinculadas ao SUS.

Também não se pode ignorar que o formato de contratação de médicos – sem garantias trabalhistas expressas, com contratos precários e com uma remuneração não compatível com a responsabilidade e exclusividade – são pontos que merecem críticas. Em lugar desse caminho, o Governo deveria ter criado uma carreira de Estado para o médico, dando-lhe as condições estruturais para exercer seu papel e o estimulo profissional necessário para migrar e se fixar no interior e na periferia dos grandes centros.

Diante do cenário imposto, as entidades médicas reafirmam sua posição crítica com relação aos pontos anunciados por entender que todas carecem de âncoras técnicas e legais Nos próximos dias, deverá ser feito o questionamento jurídico da iniciativa do Governo Federal, o qual contraria a Constituição ao estipular cidadãos de segunda categoria, atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas, com respeito a sua qualidade técnica e ética.

A reação das entidades expressa o inconformismo de parcela significativa da sociedade e serve de alerta às autoridades que, ao insistir em sua adoção, assume total responsabilidade pelas suas consequências. Entendemos que o Governo atravessa momento ímpar, com condições de fazer a revolução real e necessária dentro do SUS. Contudo, deve evitar a pauta imediatista e apostar no compromisso político de colocar o SUS em funcionamento efetivo.

Brasília, 8 de julho de 2013.

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA (AMB)

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE MÉDICOS RESIDENTES (ANMR)

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM)

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS (FENAM)
Fonte : Imprensa FENAM

Comunicado aos preceptores e chefes de serviço

Aos Preceptores e Chefes de Serviço dos Hospitais

Prezados Senhores,

Conforme deliberado pelas entidades médicas – AMB, ANMR, CFM e FENAM – em São Paulo, dia 26/06/13, a ANMR, vêm pelo presente, informar e convidar Vossa Senhoria para participar da mobilização do dia 03 de julho de 2013.

Trata-se de mobilização nacional em defesa da saúde, evento que consideramos justo e ético.

Solicitamos seu apoio e empenho para a liberação dos nossos colegas residentes.

Cordialmente,

Beatriz Rodrigues Abreu da Costa
Presidente da ANMR
Gestão 2013

Orientações aos médicos residentes sobre o movimento médico

1. No dia das paralisações deverão ficar nos plantões de urgência e emergência somente os residentes escalados para o dia.

2. É importante que médicos presentes nos plantões estejam com uma faixa preta e divulgando nossas manifestações justas, esclarecendo a população sobre a vinda de médicos estrangeiros e as condições de trabalho do médico.

3. Nas enfermarias, devemos fazer acordo entre preceptores e residentes, quanto escala / visita na enfermaria, indo após obrigações para as manifestações.

4. Os ambulatórios e cirurgias eletivas deverão ser desmarcados e os médicos residentes irem para as manifestações.

5. Durante as manifestações os médicos residentes poderão exibir adornos como: faixa preta em jaleco, nariz de palhaço ou apitos, se assim desejarem.

6. Deveremos exibir cartazes sobre nossas reivindicações.

7. Os serviços que exigirem ofício de liberação para o médico residente, entrar em contato com [email protected], solicitando o referido oficio especifico para o seu serviço.

8. Deverá ser seguido o calendário estipulado pelas entidades médicas ANMR, CFM, AMB E FENAM, sobre as manifestações. Essas informações serão exibidas nos sites oficiais das entidades médicas.

9. Reiteramos que esse é um movimento legitimo e ético das entidades médicas, estando respaldados pelo código de ética do CFM.

Vitória da ANMR com o reajuste da bolsa dos médicos residentes

A ANMR, após seis meses de negociação árdua sai vitoriosa em relação ao reajuste da bolsa dos médicos residentes.

Saiu hoje no DOU, a portaria interministerial que reajusta a bolsa do médico residente em 24,8 %, ficando revisado para R$ 2.976,26 (dois mil, novecentos e setenta e seis reais e vinte e seis centavos) o valor da bolsa.
Esse reajuste foi fruto de uma negociação que vem da greve de 2010, que nos foi devido e mais as perdas até a data de hoje. ¨Não recebemos aumento da bolsa, somente o reajuste que nos é de direito. Conseguimos 22% na greve de 2010 e mais 24,8% computando as perdas ate os dias de hoje no total de 46,8%, sendo uma vitoria para atual diretoria da ANMR. ¨ – Esclarece Marcelo Barbisan, vice-presidente da ANMR.
A presidente da ANMR, Beatriz Costa diz que foi uma vitória inédita conseguida pela atual gestão da ANMR, pois pela primeira vez na historia dos médicos residentes não houve uma necessidade de uma greve para conseguir o reajuste da bolsa.
O reajuste de 24,8% na bolsa do médico residente é somente uma das pautas de reivindicações estabelecidas pela ANMR. Dentre os itens prioritários de reivindicações dos médicos residentes, estão:
1. Fim do bônus do PROVAB nos concursos de residência médica.
2. Regulamentação da moradia.
3. O fim da carência do INSS, para os médicos residentes do primeiro ano.
4. Valorização e remuneração da preceptoria.
5. Retorno da configuração anterior da CNRM, com o fim da Câmara recursal.
6. A reestruturação e melhoria das residências médicas já existentes, com o destino dos mesmos investimentos feitos para abertura de novas vagas.

Sendo assim, a ANMR convoca a todos os médicos residentes do Brasil para estarmos juntos das demais entidades médicas (AMB, FENAM e CFM), nessa luta por uma medicina de qualidade, plano de carreira do médico, condições e remuneração digna para o médico e contra a vinda de médicos estrangeiros sem a devida revalidação de diploma.

¨Não iremos nos desmobilizar! Essa é somente a primeira de muitas vitorias dos médicos residentes.¨ – Diz Naiara Costa, diretora de comunicação da ANMR.

Contamos com a presença de todos os médicos residentes nessa luta! Médicos residentes, juntos faremos a diferença.

ANMR Gestão 2013

ANMR participa de convocação da categoria a se mobilizar no dia 3 de julho

Principais Entidades médicas convocam todos os médicos brasileiros a se mobilizarem no próximo dia 03 de julho, diante da medida do governo de trazer médicos estrangeiros para o Brasil. A decisão foi anunciada em coletiva de imprensa das entidades médicas (FENAM, AMB, CFM e ANMR), realizada nesta quarta-feira (26), em São Paulo. Intitulada “Vem para a rua pela saúde”.

As principais reivindicações da categoria, frente ao cenário atual no qual se encontra a medicina e a saúde brasileiras, são: criação de carreira de estado, realização de concurso público e um melhor financiamento para a saúde. Foi encaminhado um ofício à presidenta Dilma Rousseff, solicitando uma audiência pública.

A mobilização se iniciará às 10h e os manifestantes deverão se dirigir às sedes das entidades representativas locais, caminharem às ruas até os hospitais. Serão suspensos os atendimentos eletivos e mantida a assistência nas urgências e emergências. Ao final do dia, haverá assembleias nos sindicatos para decidirem os próximos passos do movimento. Caso as reivindicações não sejam atendidas, a categoria poderá decretar greve.
Fonte : Fernanda Lisboa